Jornalista que adora conhecer lugares, culturas e contar boas histórias. Também mantém coluna no site de notícias ACidadeON. Mãe de duas pessoas lindas. Vive em Campinas, São Paulo- Brasil.
A visita ao Oceanário de Lisboa, em Portugal, é um passeio turístico dos mais interessantes na cidade. O aquário está entre os maiores da Europa, com mais de quinhentas espécies de quatro oceanos: Antártico, Pacífico Temperado, Índico Tropical e Atlântico Norte. Também foi eleito duas vezes o melhor do mundo. Saiba porque, como e quando ir e confira o vídeo da nossa visita!
Então, peixes, aves, mamíferos, invertebrados, plantas e algas estão distribuídos em nada menos que 5 milhões de litros de água salgada. Mas também há uma grande variedade de anfíbios, com destaque para as rãs, dos mais diferentes tamanhos e cores.
Por isso, o Oceanário de Lisboa está entre os maiores da Europa e foi eleito duas vezes o “Melhor Aquário do Mundo” por usuários do Trip Advisor (2015 e 2017). Eu fiz esse passeio durante minha viagem a Portugal e gostei muito!
Além de poder ver de pertinho uma grande variedade de animais, a gente aprende muito sobre a vida marinha e sua importância para o equilíbrio ambiental de todo o planeta Terra.
E é mesmo esse o objetivo do Oceanário, gerar conhecimento e sensibilizar as pessoas sobre a necessidade de mudar comportamentos para preservar a natureza.
Por isso, o caráter pedagógico está presente em vários ambientes e atividades, a maioria dirigida especialmente a crianças. Assim, é possível fazer uma visita guiada, uma festa de aniversário e até passar a noite no aquário ao lado de tubarões! Você teria coragem?
Passeando em meio à exuberância da fauna marinha
Visitantes observam animais no Oceanário de Lisboa
Então, durante a visita ao Oceanário de Lisboa podemos ver desde lontras fofas, dezenas de pinguins, raias, tubarões, até peixinhos coloridos como uma “Dori procurando Nemo”. Outra coisa interessante é a disposição do aquário no prédio.
São quatro grandes tanques em dois pavimentos, mas que dão a impressão de serem apenas um, circundados por corredores para os visitantes. Por isso, a sensação que tive foi de estar em túneis submersos no oceano, em meio à toda a exuberância da fauna marinha.
Dá para fazer a visita tranquilamente em duas horas, mas eu demorei mais, pois tinha tempo e curiosidade de sobra. Confira, no vídeo a seguir, alguns dos principais momentos da nossa visita!
Vídeo com principais atrações do Oceanário de Lisboa
Vídeo da nossa visita, no Canal do Embarque40Mais no YouTube
Como e quando visitar o Oceanário de Lisboa
ONDE: Doca dos Olivais, no Parque das Nações, Lisboa. Aproveite a ida e conheça outros locais turísticos no Parque das Nações, a região mais moderna da cidade!
QUANDO: Aberto das 10h às 20h (última entrada às 19h). Dia 25 de dezembro, das 11h às 19h. Dia 1 de janeiro, das 10h às 13h.
QUANTO CUSTA: 10 a 19 Euros (Aquário, exposição permanente). Crianças até 3 anos não pagam. Os ingressos podem ser adquiridos antecipadamente, por meio do site do Oceanário.
Para quem vai fazer turismo em Lisboa, o museu interativo Lisboa Story Centre é um bom ponto de partida para descobrir a história e encantos da bela capital de Portugal. Recursos tecnológicos proporcionam ao turista uma experiência sensorial pelo Centro Histórico da cidade ao longo do tempo, tendo como palco principal o Terreiro do Paço, local conhecido hoje como Praça do Comércio (foto destacada acima).
Notícias e vídeo, no Lisboa Story Centre, dão vida a fatos históricos da Praça do Comércio
Essa dica é especialmente interessante para os apreciadores de turismo histórico e cultural, mas creio que vale para todos. Afinal, quando conhecemos um pouquinho que seja da história de uma cidade ou um país nossa viagem costuma ficar bem mais interessante. Passamos a ver tudo com outros olhos, a compreender e apreciar mais.
Foi o que aconteceu comigo em minha primeira viagem a turismo em Lisboa, ao sair do Lisboa Story Centre (LSC). Durante a visita, aprendi que os principais fatos históricos de Lisboa e do país aconteceram no Centro Histórico da cidade, desde a chegada dos primeiros exploradores, passando pelo terremoto de 1755 e a queda do império, até a derrubada do regime ditatorial salazarista.
Terremoto de 1755: da tragédia à modernidade
Cenário no Lisbon Story Centre expõe terror vivido por lisboetas com terremoto de 1755
Foi muito marcante conhecer as dimensões e mudanças provocadas a partir do terremoto, seguido de uma onda gigante e incêndios, que atingiram Lisboa no dia 1 de Novembro de 1755, Dia de Todos os Santos. Inclusive porque o período da minha viagem a Lisboa incluiu este dia de 2017, data em que todos os anos são realizadas várias atividades que relembram a tragédia.
As experiências no LSC, que incluem a apresentação de um filme com efeitos tridimensionais e a passagem por montagens cenográficas, nos dão a impressão de estar na cidade naquele dia.
Painel mostra principais responsáveis pela reconstrução de Lisboa após terremoto: Marquês de Pombal, Carlos Mardel, Manuel da Maia e Eugénio dos Santos
O sismo, estimado em 9º, foi considerado o maior já registrado na Europa. De imediato, as consequências foram desastrosas: 10 a 12 mil mortos do total de 250 mil habitantes da cidade e a redução de 40% a 60% do PIB (Produto Interno Bruto). Por outro lado, as mudanças decorrentes da catástrofe natural foram fundamentais para a inovação e modernização do sistema urbanístico, impondo regras de construção que garantissem maior resistência a abalos sísmicos.
Turismo histórico: Lisboa Pombalina e descobertas
Recriação da sala da equipe de Pombal dá vida a personagens durante elaboração dos planos de reconstrução de Lisboa
A base desse sistema anti-sísmico é a “gaiola”, como ficou conhecida a estrutura criada por Carlos Mardel, composta por traves de madeira cruzadas, sobre a qual se erguem as paredes. Essa área reconstruída na cidade ficou conhecida como Baixa Pombalina. Isso porque o Marquês de Pombal, primeiro ministro do Rei Dom José I, foi o principal articulador do Plano, ao lado de Mardel, Manuel da Maia e Eugénio dos Santos.
Caravela no Lisboa Story Centre simboliza período de navegações e exploração de colônias
Ao visitar os ambientes de recriação da sala de trabalho dessa equipe à época, no LSC, a gente “viaja no tempo”, vendo a movimentação dos personagens enquanto elaboram os planos de reconstrução da cidade. Pombal é um velho conhecido dos brasileiros, já que foi o responsável por várias medidas impopulares para ampliar os lucros da Coroa portuguesa com a exploração da então Colônia, no século XVIII.
Armazém permite experiência sensorial ao turista visitante, com climatização e cheiros dos produtos armazenados à época
No LSC, é mencionada a ajuda humanitária do Brasil e vizinhos europeus para a reconstrução de Lisboa após o terremoto. O período de exploração das colônias, em especial o Brasil na América e países africanos, é representado por caravelas e um rico armazém aonde o “viajante” sente os cheiros dos produtos depositados em Lisboa à época.
Outra consequência importantíssima do terremoto foi a descoberta dos primeiros sítios arqueológicos, que permitiram comprovar e estudar períodos de ocupação da cidade anteriores à islâmica.
Viajantes por natureza: a diversidade portuguesa
História e mitos das ocupações de Lisboa contadas por animações no Lisboa Story Centre
Também foi muito interessante para mim, uma brasileira fazendo turismo em Lisboa, saber da grande diversidade de povos que contribuíram para a formação dos lisboetas e do povo português em geral. Lembrando que os portugueses são um povo que, junto com indígenas, africanos e, posteriormente, outros europeus, compõem a base de formação do povo brasileiro.
Diz a lenda que Ulisses, o herói grego da Odisséia, de Homero, teria sido um dos fundadores de Lisboa.. O que pode-se dizer ao certo é das ocupações do território por romanos, germânicos (suevos e visigodos) e muçulmanos, mas também da ocupação indígena e influência fenícia antes dos romanos, segundo objetos encontrados em escavações.
Turistas visitam Castelo de São Jorge, em Lisboa: construído por muçulmanos. Sítio arqueológico à direita
De acordo com os registros, o período de ocupação islâmica em Lisboa (desde 711) foi muito próspero e, embora a maioria dos monumentos tenham sido destruídos pelos monarcas, essa cultura teve forte influência na formação do povo português, a exemplo da culinária e da língua. A dominação islâmica acabou em 1147, quando Dom Afonso Henriques, 1º Rei de Portugal, expulsou os mouros (com ajuda das Cruzadas Cristãs) e anexou a cidade ao recém-criado reino.
No Lisboa Story Centre, as ocupações são contadas por meio de animações expostas em painéis interativos, que apresentam o conteúdo conforme o visitante se aproxima, com o auxílio de audioguia multilíngue.
Olisipo, Al Usbuna e Lisboa
Escavações nas ruínas do Castelo de São Jorge, em Lisboa, expuseram casas islâmicas
Na época da ocupação romana (138 a.C ao século V), o nome dado à cidade era “Felicitas Julia Olisipo” (ou só Olisipo), em homenagem ao então imperador Júlio César. Muitas construções dessa época vieram à tona com o terremoto, mas só foram devidamente investigadas e abertas ao público muito tempo depois. Entre essas construções, creio que o grande destaque sejam as ruínas do teatro romano, que foram adaptadas e abrigadas pelo Museu de Lisboa Teatro Romano, aberto à visitação.
Vista da cidade e do Rio Tejo, de uma das torres do Castelo de São Jorge, em Lisboa
Já durante a ocupação muçulmana, a cidade era chamada “Al Usbuna”. O Castelo de São Jorge (nome dado a partir do reinado português), do qual não sobrou muita coisa, é um marco importante da ocupação muçulmana na cidade, mas também serviu à corte portuguesa até o século XVI. Foi construído pelos mouros no final do século XI para reduto das elites em caso de ataques. Escavações no local colocaram à vista algumas residências desse período.
Por isso, a localização estratégica dessa fortificação, no alto da colina, de onde também se tem uma das mais belas vistas de Lisboa. A construção inicial foi alterada ao longo do tempo e quase destruída pelo terremoto, mas foi parcialmente reconstituída no século passado, quando obteve o título de Monumento Nacional. Com certeza, um dos principais locais a visitar para conhecer a história antiga da cidade, entre outros, listados ao final do texto.
Terreiro do Paço testemunhou queda da monarquia e da ditadura
O terreiro do Paço, com a estátua de Dom José I ao centro, e o Rio Tejo: vistos do mirante do Arco Triunfal da Rua Augusta
O Terreiro do Paço, hoje conhecido como Praça do Comércio, é, sem dúvida, o principal cartão postal de Lisboa. Além de lindo e cheio de atrativos, guarda muita história! Durante minha viagem a Lisboa estive lá várias vezes e em cada uma delas vi coisas diferentes. Bem no centro da Praça está o monumento em homenagem a Dom José I, que era o rei de Portugal durante a reconstrução após o terremoto. Na imponente estátua, de autoria de Machado de Castro, o monarca está sobre seu cavalo Gentil.
Notícias de fatos históricos ocorridos na Praça do Comércio, expostos no Lisboa Story Centre
Quando for à Praça do Comércio, não deixe de subir até o mirante do Arco Triunfal da Rua Augusta, de onde se tem a melhor vista do Paço e do Rio Tejo, mas só depois de ir ao Lisboa Story Centre, que também fica na Praça. Uma das coisas mais bacanas do LSC é como demonstra essa importância histórica do Terreiro do Paço. Entre os fatos mais marcantes estão os assassinatos do Rei Dom Carlos e de seu herdeiro, Dom Luís Felipe, no dia 1 de Fevereiro de 1908.
Arco Triunfal da Rua Augusta, em Lisboa: Representações de importantes figuras históricas do país: Viriato, Vasco da Gama, Nuno Álvares Pereira e Marquês de Pombal
A família real desembarcou e seguiu em carro aberto, quando atiradores se aproximaram e dispararam contra eles. Dois anos depois, o povo tomou a Praça, liderado pelo Movimento Republicano, para exigir a proclamação da República, mas não durou muito. Em 28 de Maio de 1926, um golpe militar impõe à força o Estado Novo, que vigorou por longos 48 anos.
Animação, no Lisboa Story Centre, mostra movimentação de tropas na Revolução dos Cravos
Até que, na madrugada de 25 de Abril de 1974, o Movimento das Forças Armadas ocupou ruas e praças do Centro Histórico, inclusive a Pç. do Comércio, com seus soldados e tanques para derrubar a ditadura de Salazar e Caetano. Um ano depois, o movimento, que ficou conhecido como “Revolução dos Cravos”, promoveu eleições diretas, restituindo a Democracia nas terras lusitanas. A tática militar dos revolucionários é exposta por meio de uma bela animação no LSC! A seguir, confira!
Animação sobre a Revolução dos Cravos, no Lisboa Story Centre
Gostou do post? Então apoie o Embarque40Mais, comentando e compartilhando com seus amigos e nos seguindo nas redes sociais. Se estiver planejando viajar, confira nossas dicas de serviços para organizar sua viagem com segurança e economia!
Sobre o Lisboa Story Centre
ONDE FICA: Terreiro do Paço, 78/ 81, Centro de Lisboa (PT).
QUANDO IR: Aberto todos os dias, das 10h às 20h (última entrada às 19h). Duração de aproximadamente uma hora.
QUANTO CUSTA: Adulto- 7 Euros. Sênior (≥65 anos) e Estudante (≥16 anos)- 5 Euros. Criança (6 aos 15 anos)- 3 Euros. Criança (≤ 5 anos)- gratuito. Obs.: audioguia já incluído no valor do bilhete.
Outros locais no Centro Histórico para fazer turismo em Lisboa
Museu de Lisboa Teatro Romano
ONDE: Rua de São Mamede, nº 3 A, 1100-532, Lisboa. QUANDO: terça a domingo, das 10h às 18h (última entrada às 17h30). Fechado em 1 de janeiro, 1 de maio e 25 de dezembro. QUANTO CUSTA: 3 Euros (pessoas com mais de 65 anos e desempregados pagam meia). COMO CHEGAR: As estações de Metrô mais próximas são Terreiro do Paço ou Baixa-Chiado; Linhas de ônibus/ autocarro (714, 732, 736, 737, 760), de Elétrico (12 e 28). CONTATOS: (+351) 215 818 530, [email protected].
Núcleo Arqueológico da Rua dos Correeiros- NARC
Neste local, pode-se observar estruturas sobrepostas de períodos históricos, desde o Púnico (influência dos fenícios) ao Medieval e o Pombalino, além de objetos de várias épocas.
ONDE: Rua dos Correeiros, nº 21 (entrada NARC) ou nº 9 (recepção). 1100-061 Lisboa (Baixa de Lisboa). QUANDO: quintas-feiras, às 15h e 16h; aos sábados, às 10h, 13h, 15h e 17h. COMO CHEGAR: Autocarros 702, 709, 711, 732, 759; Elétricos 15, 28; Metrô: Linha Azul e Linha Verde: Baixa-Chiado. CONTATOS: (+351) 211.131.004. [email protected].
Castelo de São Jorge
ONDE: Rua de Santa Cruz, 1100-129, Lisboa. QUANDO: Aberto à visitação todos os dias da semana (exceto em 1º de Janeiro, 1º de Maio e 25 de Dezembro), das 9h às 18h entre Novembro e Fevereiro e das 9h às 21h de Março a Outubro. Última entrada meia hora antes do fechamento. QUANTO CUSTA: 8,50 Euros, mas há descontos para estudantes com menos de 25 anos, pessoas com mais de 65 anos, pessoas com deficiência e grupos familiares. COMO CHEGAR: A estação de Metrô mais próxima é a Rossio (linha verde), de onde pode pegar o 12E (bonde/ elétrico) ou ir a pé, mas a subida é considerável. Acesso direto também com o 28E e o ônibus/ autocarro linha 37.
Arco Triunfal da Rua Augusta
ONDE: Rua Augusta, nº 2, na região da Baixa Pombalina, em Lisboa. QUANDO: Aberto à visitação todos os dias da semana, das 9h às 19h45 (última entrada). QUANTO: 3 Euros por pessoa (crianças até 5 anos não pagam). COMO CHEGAR: A estação de Metrô mais próxima é a Baixa-Chiado (atendida pelas linhas Azul e Verde), mas de toda a Lisboa há transporte coletivo para a Praça do Comércio, que fica bem em frente ao Arco.
Catedral da Sé de Lisboa
Igreja católica, construída a partir de 1147 sobre uma mesquita muçulmana. Escavações arqueológicas comprovaram que antes da mesquita ainda havia no local um templo cristão visigótico.
ONDE: Largo da Sé, 1100-585, Lisboa. QUANDO: 2ª feira a Sábado, das 9h às 19h. Domingo: das 9h às 20h. CONTATO: (+351) 218.866.752.
Obs.: Com informações disponíveis nos sites da Câmara Municipal de Lisboa, do Turismo de Lisboa, do Turismo de Portugal e de administradores de locais turísticos mencionados, em 30 de Outubro de 2018.
Muita gente compra objetos para levar de recordação de uma viagem, eu levo imagens. Neste post, reuni fotos das mais lindas paisagens que vi em Portugal durante minha temporada por lá! Com informações e dicas completas para incluir no seu roteiro de viagem, inspirar sonhos ou simplesmente apreciar.
Arco Triunfal da Rua Augusta
De onde se tem a melhor vista da Praça do Comércio (também conhecida como Terreiro do Paço) e do Rio Tejo na região da “Baixa”, centro histórico de Lisboa. Do outro lado, pode-se observar também toda a extensão da Rua Augusta, alameda comercial destinada exclusivamente ao trânsito de pedestres.
A Rua Augusta chama atenção pelos desenhos diferenciados do calçamento, mas o maior atrativo é a rica diversidade cultural daqueles que a utilizam como palco a céu aberto e os curiosos passantes com suas mais diferentes origens.
Praça do Comércio, em Lisboa, vista do mirante do Arco da Rua Augusta
O mirante (miradouro para os portugueses) fica no alto do monumento denominado Arco Triunfal da Rua Augusta, projetado para comemorar a reconstrução de Lisboa após o terremoto que destruiu grande parte da cidade em 1755, mas só foi concluído em 1873.
Rua Augusta, em Lisboa, vista do mirante do Arco Triunfal
Da Praça do Comércio, vê-se as esculturas que compõem a obra: representações de importantes figuras históricas do país (Viriato, Vasco da Gama, Nuno Álvares Pereira e Marquês de Pombal), além dos Rios Tejo e Douro, nas laterais; e da “Glória coroando o Gênio e o Valor” no topo.
Onde e quando: O Arco Triunfal da Rua Augusta fica na Rua Augusta, nº 2, na região da Baixa, em Lisboa. Aberto à visitação todos os dias da semana, das 9h às 19h45 (última entrada).
Quanto custa: 3 Euros por pessoa (crianças até 5 anos não pagam).
Como chegar: A estação de Metrô mais próxima é a Baixa-Chiado (atendida pelas linhas Azul e Verde), mas de toda a Lisboa há transporte coletivo para a Praça do Comércio, que fica bem em frente ao Arco.
Cabo da Roca, Sintra
Falésias e farol no Cabo da Roca, Sintra
Imagine, observar a imensidão azul do Oceano Atlântico sob falésias de 140 metros de altura? Estive lá no final da tarde, mas não pude esperar o pôr do Sol, que dizem ser outro espetáculo. Simplesmente, a paisagem mais grandiosa e marcante que avistei em Portugal.
E tive essa certeza antes mesmo de saber que o local é a ponta mais ocidental do continente europeu, o que significa que é a parte da Europa mais distante do Oriente, caracterizado fundamentalmente pela Ásia.
Cabo da Roca, em Sintra, é a ponta mais ocidental do continente europeu
Em trecho de “Os Lusíadas”, Luís de Camões traduz bem a simbologia do lugar: “Onde a terra se acaba e o mar começa” (Canto III). Tanto que a frase do poeta encabeça placa no local, fixada na base de uma cruz. O Farol, construído em 1772, ainda guia embarcações na costa portuguesa.
Fica na serra de Sintra (região de Lisboa) e o caminho até lá, por si só, já é muito gratificante. Fizemos o percurso de carro, partindo de Lisboa e passando por Cascais, com direito a paradas para apreciar as vistas.
Onde e quando: O Cabo da Roca fica em Azóia (2705-001), na Freguesia de Colares, Concelho de Sintra. Todos os dias, 24 horas.
Quanto custa: Acesso gratuito.
Como chegar: De carro, pela N247 a partir de Cascais, seguindo pela Estrada do Cabo da Roca. De ônibus e veículos de transporte turísticos a partir de Sintra; até Sintra ou Cascais, é possível ir de trem, partindo de Lisboa, e de lá tomar um ônibus até o Cabo.
Castelo de São Jorge, Lisboa
Lisboa e Tejo a partir dos jardins do Castelo de São Jorge
Dizem que é de onde se tem a melhor vista de Lisboa. Eu gostei muito! Não posso afirmar se é a melhor, pois não visitei todos os mirantes da cidade, mas é provável que seja a mais ampla.
Pude observar bem o Rio Tejo até a margem oposta, avistar a Praça do Comércio, a Ponte 25 de Abril e o Cristo Rei, além da Praça do Rossio, as torres de algumas igrejas até a Ponte Vasco da Gama mais ao longe. O mirante fica no jardim, mas das torres do castelo também pode-se ter boas vistas.
Vista de uma das torres do Castelo de São Jorge, Lisboa
Trata-se de um castelo medieval, construído por muçulmanos no topo da colina, no final do século XI, para guarnição militar e, em caso de ataque, abrigo das elites. As primeiras ocupações do local datam do século VII a.C, segundo objetos encontrados em escavações. O sítio arqueológico e os objetos podem ser observados durante a visita.
Depois que Portugal passou para o domínio cristão, tendo D. Afonso Henriques como primeiro rei, em 1147, o castelo passou a ser utilizado pela Corte. Voltou a ter função militar no final do século XVI até o início do século XX. Desde 1910 é Monumento Nacional.
Onde e quando: O Castelo de São Jorge fica na Rua de Santa Cruz, 1100-129, Lisboa. Aberto à visitação todos os dias da semana (exceto em 1º de Janeiro, 1º de Maio e 25 de Dezembro), das 9h às 18h entre Novembro e Fevereiro e das 9h às 21h de Março a Outubro. Última entrada meia hora antes do fechamento.
Quanto custa: 8,50 Euros, mas há descontos para estudantes com menos de 25 anos, pessoas com mais de 65 anos, pessoas com deficiência e grupos familiares.
Como chegar: A estação de Metrô mais próxima é a Rossio (linha verde), de onde pode pegar o 12E (bonde/ elétrico) ou ir a pé, mas a subida é considerável. Acesso direto também com o 28E e o ônibus/ autocarro 37.
Castelo dos Mouros, Sintra
Uma das torres de observação no Castelo dos Mouros, Sintra
Das torres do castelo avista-se alguns dos principais pontos turísticos da Vila de Sintra, como o Palácio da Pena, a Quinta da Regalera, o Palácio Nacional, grande parte da serra e o oceano Atlântico. Uma vista privilegiada e estratégica!
Não à toa, o local foi escolhido pelos muçulmanos para construir o forte militar no século X. Contudo, vestígios encontrados em escavações apontam a ocupação da área desde o período Neolítico (5000 antes de Cristo).
Sintra e Atlântico vistos do Castelo dos Mouros, Sintra
Há vários pontos de observação permeando a muralha, a exemplo da Torre Real, de onde melhor se vê Pena, e a Torre de Menagem. Toda a muralha é demarcada com bandeiras: as onze de Portugal (da fundação à República) e uma verde, com Sintra escrito em árabe, em alusão ao período de dominação moura.
Entre outros espaços a observar durante a visita, destaco a Cisterna (Séc. XII) e a Necrópole Medieval Cristã, onde está o sítio arqueológico.
Onde e quando: Serra de Sintra (coordenadas GPS 38º 47’ 24.25” N 9º 23’ 21.47” W). Todos os dias da semana, das 9h30 às 20h até 27 de outubro.
Quanto custa: 8 Euros. Crianças até 5 anos não pagam; pessoas de 6 a 17 anos e com mais de 65 pagam 6,50 Euros. Preços podem variar conforme a época do ano, de alta ou baixa temporada. Comprando no site da administradora, tem desconto de 5% até 10%, conforme o número de monumentos a visitar.
Como chegar: De Lisboa, tome o trem da Linha de Sintra, das estações do Oriente, do Rossio ou de Entrecampos. Em frente à estação de Sintra tome o ônibus da linha 434 (Circuito da Pena). Também é possível ir a pé da estação/ centro histórico até o Castelo, com percursos que levam de 45 minutos a 1h30, mas é subida.
Cristo Rei, Almada
Ponte XXV de Abril e Lisboa vistas a partir do Cristo Rei, em Almada
Vista ampla de Lisboa a partir do Santuário Nacional de Cristo Rei, que fica em Almada, na margem oposta do Rio Tejo, ao lado da Ponte 25 de Abril. Do mirante (ao redor da estátua), é possível observar alguns monumentos históricos de Lisboa, como a Torre de Belém e o Padrão dos Descobrimentos, mas pode-se ver bem mais subindo de elevador ao terraço (por 6 EUR).
No local, também pode-se visitar gratuitamente a capela (ao pé do Cristo), as 14 estações que simbolizam a via sacra de Jesus e a plantação de oliveiras.
Vista de Lisboa a partir do Cristo Rei em 180º
Onde e quando: O Santuário Nacional de Cristo Rei fica em Almada, à Avenida Cristo Rei, 2800-058, Alto do Pragal. O horário de visitação começa às 19h30 e termina entre 18h45 e 19h30, variando conforme o período do ano, mas aconselho chegar até às 16h para ter tempo de ver tudo tranquilamente. Aberto todos os dias, exceto em alguns horários entre as vésperas e os dias de Natal e Ano Novo.
Quanto custa: A visita ao Monumento é gratuita, mas o acesso ao terraço (no alto do Cristo) custa 6 Euros e 2,5 Euros para crianças de 8 a 12 anos (crianças até 7 anos não pagam).
Como chegar: Em Lisboa, partindo de uma destas quatro estações de trem (veja a que estiver mais próxima): Roma- Areeiro, Entrecampos, Sete Rios e Campolide, tome o trem da Linha “Roma-Areeiro-Setúbal” e desça na Estação de Pragal. De lá é possível caminhar até o monumento (aproximadamente 25 minutos, mas não conheço o trajeto) ou pegar um ônibus até Cacilhas e depois outro ônibus (Linha 101) até a porta do Santuário. Outras opções são ir de barco até o Terminal de Cacilhas ou de carro diretamente ao Monumento.
Vista privilegiada das ruínas da Igreja do Convento do Carmo e da Praça D. Pedro IV (também conhecida por Praça do Rossio), onde está o imponente Teatro Nacional Dona Maria II, em Lisboa. Também pode-se observar em detalhes a arquitetura tradicional dos prédios no Centro Histórico e avistar o Castelo de São Jorge e o Rio Tejo.
Ao anoitecer, o contraste de cores entre as luzes da cidade e a água do rio produz um efeito muito bonito! Por si só, o Elevador, em funcionamento desde 1902, é uma atração. Além de mirante, funciona como meio de transporte entre a Baixa Pombalina e outra parte um pouco mais alta da cidade, a partir do Largo do Carmo. É um dos raros exemplos da arquitetura em ferro em Lisboa e destaca-se pelos ornamentos em estilo neogótico.
Onde e quando: O Elevador de Santa Justa fica na Rua de Santa Justa, 1.150, na região da Baixa, em Lisboa. De maio a outubro e na semana da Páscoa: todos os dias, das 9h às 23h; de novembro a abril (exceto na semana da Páscoa), das 9h às 21h.
Quanto custa: 5,15 Euros (até duas viagens, com acesso ao mirante).
Como chegar: A estação de Metrô mais próxima é a Baixa-Chiado (Linhas Verde e Azul) e de trem é a do Rossio (Linha de Sintra), mas de toda a região da Baixa, desde a Praça do Comércio, é possível ir tranquilamente a pé.
Miradouro de São Pedro Alcântara
Miradouro São Pedro de Alcântara com vista para o Castelo de São Jorge, Lisboa
Não achei uma vista incrível, mas emoldurada por detalhes do local, como os postes, o calçamento e o gradil, compõe um belo quadro! Dessa varanda a céu aberto, vê-se bem o Castelo de São Jorge, a região da Baixa e parte do Rio Tejo. O mirante é obra de D. Pedro V, que mandou construir o jardim na área antes destinada à ampliação do Aqueduto.
Onde e quando: Rua de São Pedro de Alcântara, Bairro Alto, Lisboa. Todos os dias, 24h por dia.
Quanto custa: Acesso gratuito.
Como chegar: Na Praça dos Restauradores, pegue o Funicular da Glória (também chamado de elevador, mas para nós bondinho), que para ao lado do mirante. Também é possível subir a pé, como eu fiz, parando e observando tudo pelo caminho, mas a subida é considerável.
Parque de Monserrate, Sintra
Monserrate: Plantas originárias de vários países, lagos ornamentais e uma ponta do Atlântico
A vegetação nativa da Serra de Sintra, classificada pela UNESCO como Paisagem Cultural- Patrimônio da Humanidade, a diversidade de plantas originárias de vários países, lagos ornamentais e uma ponta do Oceano Atlântico.
Essa é a visão única e encantadora que se tem de alguns pontos mais elevados do Parque de Monserrate, em Sintra (região de Lisboa). E as belas vistas não são o único motivo para a visita: o Parque e o Palácio guardam mistérios e belezas típicas do Romantismo.
Monserrate: Vegetação da Serra de Sintra e o Atlântico divisando com o céu no horizonte
Onde e quando: Serra de Sintra (coordenadas GPS 38º 47’ 30.70” N 9º 25’ 9.09” W). Todos os dias da semana, das 9h30 às 20h (Palácio até 19h) até 27 de outubro.
Quanto custa: 8 Euros. Crianças até 5 anos não pagam; pessoas 6 a 17 anos e com mais de 65 pagam 6,50 Euros. Preços podem variar conforme a época do ano, de alta ou baixa temporada. Comprando no site da administradora, tem desconto de 5% até 10%, de acordo com o número de monumentos a visitar.
Como chegar: De Lisboa, embarque no trem da Linha de Sintra nas estações do Oriente, do Rossio ou de Entrecampos. Em frente à estação de Sintra tome o ônibus da linha 435.
Vista de Sintra e Atlântico a partir do Palácio da Pena, Sintra
Dos terraços e torres do Palácio da Pena tem-se uma das vistas mais bonitas de Sintra, já que é possível ver não somente boa parte da cidade como também a densa floresta ao redor e uma larga faixa do Atlântico. É um pontos de observação mais elevados da cidade, mas no Parque da Pena há outros mirantes, como a Cruz Alta, este sim o local mais alto de toda a Serra de Sintra (529m)!
O Palácio Nacional da Pena, construído para o descanso da família, no século XIX, durante o reinado de D. Maria II e D. Fernando II, é um espetáculo à parte, tanto em seu interior como no exterior, com suas cores fortes e vibrantes, azulejaria e detalhes que expressam muito bem o Romantismo da época.
Palácio da Pena, Sintra: Parque, cidade e Atlântico
Onde e Quando: Serra de Sintra (coordenadas GPS 38º 47’ 16.45” N 9º 23’ 15.35” W). Das 9h45 às 19h até 27 de outubro.
Quanto custa: 14 Euros (Palácio e Parque da Pena). Crianças até 5 anos não pagam; pessoas 6 a 17 anos e com mais de 65 pagam 12,50 Euros. Os preços podem variar conforme a época do ano, de alta ou baixa temporada. Comprando no site da administradora dos parques de Sintra, tem desconto de 5% até 10%, conforme o número de monumentos a visitar.
Como chegar: (Transporte coletivo) De Lisboa, embarque no trem da Linha de Sintra nas estações do Oriente, do Rossio ou de Entrecampos. Em frente à estação de Sintra tome o ônibus da linha 434 (Circuito da Pena). Também é possível ir a pé da estação/ centro histórico da Vila de Sintra até o Palácio, com percursos que levam de 45 minutos a 1h30, mas tem subida.
Rio Tejo, Lisboa
Pôr do Sol no Tejo, Lisboa: da Praça do Comércio
Ah, foram tantas as paisagens maravilhosas que avistei desse rio, em Lisboa, que fica muito difícil saber qual foi a mais linda, mas selecionei algumas que acredito serem mesmo especiais. Os principais cenários foram compostos com as pontes 25 de Abril, que fica à direita para quem está no Centro da cidade, e a Vasco da Gama, à esquerda.
Todas refletindo os últimos raios de sol, entre outubro e novembro (outono-inverno). Nas proximidades, muitas atrações e visitas a locais turísticos podem ser conciliadas com um delicioso passeio para apreciar as vistas à beira Tejo.
Pôr do Sol refletindo no Rio Tejo e Ponte Vasco da Gama, no Parque das Nações, Lisboa
Onde e quando: Praça do Comércio (Baixa Pombalina, Centro Histórico) e Parque do Tejo (Parque das Nações), Lisboa. Todos os dias, 24 horas por dia.
Quanto custa: Acesso gratuito.
Como chegar: Para a Praça do Comércio, a estação de metrô mais próxima é a Baixa-Chiado (atendida pelas linhas Azul e Verde), mas para lá há transporte público de toda a cidade; pesquise qual a melhor opção partindo do seu local. Para o Parque das Nações, pegue o Metrô em direção às estações Oriente ou Moscavide. Ao descer, siga em direção ao calçadão do Parque do Tejo.
Sobre passeios à beira Tejo, você também poderá gostar de ler o post Um tempo pra mim
Setúbal
Mar e montanha em Setúbal, Portugal
Em um final de tarde de Outubro, saindo da Praia da Figueirinha (Setúbal), me deparei com essa vista deslumbrante: a vegetação do Parque Natural da Serra de Arrábida, o Atlântico e esses tons de céu proporcionados pelo Sol prestes a se por detrás dos montes. A esquerda, também avista-se o estuário do Rio Sado.
Onde e quando: Estrada à beira-mar entre a Praia do Figueirinha (Parque Natural de Arrábida) e a área urbana de Setúbal. Todos os dias, no final da tarde.
Quanto custa: Acesso gratuito.
Como chegar: Fomos de carro, partindo de Lisboa, mas é possível ir de trem até Setúbal e de lá pegar um ônibus até a praia. Em Lisboa, partindo de uma destas quatro estações de trem (Roma- Areeiro, Entrecampos, Sete Rios e Campolide), tome o trem da Linha “Roma-Areeiro-Setúbal”.
E então, qual desses locais e paisagens você não deixaria de fora do seu roteiro de viagem a Portugal? Conte nos comentários!
Apoie o Embarque40Mais: Compartilhe os posts, siga-nos nas redes sociais e utilize os serviços da Embarque40Mais Viagens, a agência do blog!
Referências: Com informações da Parques de Sintra Monte da Lua, administradora dos parques, palácios e castelos de Sintra mencionados no texto; do Turismo de Lisboa; do Turismo de Portugal; do Patrimônio Cultural de Portugal; da Carris (operadora do transporte coletivo de Lisboa); do Cristo Rei; da Egeac, empresa municipal responsável pela administração do Castelo de São Jorge; da Câmara Municipal de Lisboa e do Google Maps, disponíveis em seus sites oficiais em 10 de agosto de 2018.